Blog dos alunos da turma III da Especialização em Semiótica Aplicada à Literatura e Áreas Afins da Universidade Estadual do Ceará (UECE)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Divulgação L

Dica de Socorro Acioli:



Breculê de volta ao Theatro José de Alencar estreando show Inventário de Segredos
 
 
O grupo Breculê apresenta na sexta-feira, dia 15 de julho, o espetáculo Inventário de Segredos, com poemas musicados do livro homônimo da escritora Socorro Acioli. Uma prévia deste show foi realizada na livraria Cultura durante o lançamento do livro, em maio deste ano. Para essa apresentação, o grupo musicou mais alguns poemas e convidou parceiros para compor o espetáculo.
 
A apresentação será às 20 horas (ingressos: R$15/R$7,50) e conta com participação especial do pianista Thiago Almeida e o auxílio luxuoso do trombonista Rômulo Santiago. Com Inventário de Segredos, o Breculê retorna ao palco principal do Theatro José de Alencar, onde em 2010 lançou seu primeiro disco, Vidas Volantes, com casa lotada. O retorno
 
O cordel "Inventário de Segredos", décimo quinto livro da escritora Socorro Acioli, é uma narrativa em versos que revela os mistérios, embustes, mentiras e paixões mais arrebatadores da pequena cidade de Urupemba. Quem conta as estórias é um narrador secreto, revelado ao final do livro, que antes de deixar a cidade decide escrever um inventário onde tudo é descoberto e anunciado à população.
 
Hora da partida - Esta é uma das últimas apresentações do grupo Breculê no Ceará, antes da turnê de longa duração, a partir de agosto, na cidade de São Paulo. Criado em 2007, o Breculê desenvolve um trabalho dedicado à música brasileira, em sua diversidade instrumental, ritmica, harmônica e poética, com composições transversadas em uma linha contemporânea de experiência criativa. O grupo é formado por Pedro Fonseca (voz, violão), Fabrício da Rocha (voz, violão), Milton Ferreira (baixo), Túlio Bias (percussão), Fábio Marques (percussão), Jordão Luz e Igor Ribeiro (percuteria).
 
O Breculê se pauta pelo som de seu duo de violões, baixo e trio percussivo - contando ainda com um time de apoio de trompete, violino e piano - para trafegar entre harmonias dissonantes e sobreposições ritmicas, explorando timbres e combinações instrumentais, que resultam em belas composições e arranjos ousados.
 
O primeiro fruto deste trabalho é o disco Vidas Volantes, lançado em 2010, e muito bem recebido pelo público e crítica. O disco faz um apanhado da criação musical dos músicos do Breculê de 2004 a 2008 e foi produzido de forma independente, tendo a primeira prensagem patrocinada pelo Banco do Nordeste do Brasil. Contém 14 faixas, sendo 11 composições inéditas e outras três faixas com releituras instrumentais de músicas do disco, executadas com participação de outros artistas.
 
Serviço:
Breculê apresenta Inventário de Segredos, com poemas musicados de Socorro Acioli.
Dia 15 de julho, no Theatro José de Alencar às 20h.
INGRESSO: R$15 / R$7,50 (meia)

Divulgação XLIX

Dica de Wadlia Araújo:



Caros amigos,
      O Núcleo de Cultura Clássica do Departamento de Letras Estrangeiras do Centro de Humanidades da Universidade Federal do Ceará está com inscrições abertas para o curso de extensão: Introdução ao Grego Koiné e Clássico, a ser ministrado em 2011.2 e 2012.1, com a carga horária total de 128 horas, aos sábados, das 8h às 11h40. O início das aulas será no dia 06 de agosto de 2011. Exige-se a conclusão do Ensino Médio. A taxa semestral é de R$ 60,00.
    Os interessados devem se dirigir ao Departamento de Letras Estrangeiras (Av. da Universidade, 2683. Telefone: 33667612) e fazer uma pré-inscrição. A inscrição será formalizada no primeiro dia de aula com o preenchimento de uma ficha de identificação e o pagamento da taxa.

Atenciosamente,
Ana Maria César Pompeu
Coordenadora do Núcleo de Cultura Clássica

sábado, 2 de julho de 2011

Divulgação XLVIII

2º ARRAIÁ DO CUCA
Dias: 01,08,15,22 e 29 de julho de 2011
A PARTIR DAS 19h.
Local : Ginásio Poliesportivo do CUCA Chê Guevara
Informações : 3485-2310



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ENTRADA FRANCA..

José Alves Netto
3237.4223
Direção de Difusão e Programação
CUCA Che Guevara
Av. Pres. Castelo Branco, 6417
Barra do Ceará - 60312.060

Divulgação XLVII

Dica de Anne Shérida:


Saúda Oscar Niemeyer a Fidel Castro em foro dedicado a Cuba

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No evento sobre a Revolução cubana, realizado pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro deu-se leitura à mensagem do reconhecido arquiteto brasileiro

Juventude Rebelde
digital@juventudrebelde.cu
28 de Junho do 2011
O afamado arquiteto Oscar Niemeyer, grande amigo de Fidel e de Cuba, enviou uma mensagem ao líder cubano e à delegação do país que assistiu ao debate sobre a Revolução cubana realizado pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, Brasil.

«Emocionado quando falo de Cuba, quero participar em todos os movimentos em apoio ao povo cubano, e lhe desejar boa saúde a meu amigo Fidel Castro», diz o saúdo de quem em dezembro próximo cumprirá 104 anos de idade, refere o Cubadebate.

A proposta do deputado estadual Gustavo Tutuca, que abriu a sessão na sede do governo local, e de várias organizações políticas e de solidariedade com a Ilha no Rio de Janeiro, o encontro debateu a atualização do projeto socialista na nação Caribeña.

Igualmente centrou-se no caso dos cinco antiterroristas cubanos prisioneiros por quase 13 anos nos Estados Unidos (Antonio Guerreiro, Ramón Labañino, Fernando González, Gerardo Hernández e René González) e a campanha midiática contra Cuba.

O advogado Modesto da Silveira, um icone da luta contra a ditadura no Brasil por defender os presos políticos, propôs solicitar à Presidenta Dilma Rousseff que transmita uma carta a seu homólogo Barack Obama.

A misiva estaria assinada por mestres, intelectuais, jovens e trabalhadores do Brasil, na que se exigiria a soltura dos heróis cubanos presos naquele país.

O foro, que esteve aberto ao público e se manteve a plenário cheio durante duas horas e meia, apoiou também a proposta de realizar uma marcha no Rio de Janeiro para exigir a libertação dos Cinco.

Lembrou igualmente promover que nas faculdades de Direito brasileiras se estude este caso como exemplo de violação dos direitos humanos e da arbitrariedade da justiça estadunidense.

Pela parte cubana intervieram no painel Zuleica Romay, presidenta do Instituto Cubano do Livro; Magali Llort, deputada e mãe de Fernando González, um dos Cinco, e a jornalista Rosa Miriam Elizalde, editora do Site Cubadebate.

Os palestrantes brasileiros foram o professor Theotonio dos Santos, o jornalista Mario Augusto Jakobskind, o advogado Ricardo Quiroga e o escritor Roberto Amaral, que moderou o debate.

Nesta terça-feira os palestrantes cubanos participarão em uma sessão especial da Câmera de Deputados de Brasília, a iniciativa é do Grupo Parlamentar Brasil Cuba e da liderança do Partido Socialista Brasileiro (PSB) no Parlamento Nacional.

Divulgação XLVI

Dica de Anne Shérida:



Chile: nova paralisação nacional contra políticas privatizadoras

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Escrito por Bianka de Jesus   
28 de junho de 2011
Imagen de muestra  
Chile, 28 jun (Prensa Latina) A Confederação de Estudantes do Chile (Confech) e o sindicato magisterial preparam os preparativos de uma nova paralisação nacional cidadão na próxima quinta-feira pela educação pública e gratuita.

Basta de privatização e lucro e de ensino regulada pelo mercado, sublinhou Jaime Gajardo, presidente do Colégio de Professores, organização que junto a Confech convocou a marchar na quinta-feira desde a Praça Itália até a Praça dos Heróis. O problema não é de uns pesos mais ou menos, disse Gajardo em alusão à proposta do governo de injetar verdadeiro financiamento a centros universitários. Aqui há um tema de fundo que se está eludindo: educação pública para Chile -declarou o líder magisterial.

Ontem conheceu-se ademais a decisão da Central Unitária de Trabalhadores de aderir à mobilização e de adiantar para fins de agosto próximo a proposta de paralisação nacional por dois dias em rejeição ao modelo neoliberal.

Ao explicar a determinação de apoiar aos professores e estudantes, o presidente da multissindical Arturo Martínez recordou que são as famílias trabalhadoras as que devem pagar a custosa educação de seus filhos.

Forças da esquerda chilena, como o Partido Comunista e o Partido do Socialismo Allendista, têm expressado de igual modo seu respaldo às manifestações contra a mercantilização da educação.

Para Esteban Silva, presidente dos allendistas, o governo não só se mostra escorregadio diante da urgente necessidade de uma educação na qual o Estado tenha o papel principal, senão que pretende encobrir também o clamor dos chilenos por safar-se do neoliberalismo e da atual Constituição que o consagra.

O mal-estar popular não só é pela falta de educação pública e de oportunidades; "o mal-estar que percorre Chile começa crescentemente a vincular ao modelo econômico imperante com as desigualdades, o endividamento e o abuso em nossa sociedade", apontou Silva.

Por isso, agregou, é fundamental vincular as demandas da comunidade educativa com a exigência nacional de gerar uma Assembleia Constituinte para que seja o povo chileno o que de maneira democrática, plural e representativa elabore e determine uma nova Constituição.

No Chile rege a Constituição aprovada pelo regime militar de Augusto Pinochet (1973-1990).

Extraído de: Prensa Latina

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Dica de Carlos Rangel:



Senado aprova contrato temporário a professor sem pós

A Comissão de Educação do Senado aprovou no dia 07/06 substitutivo ao projeto de lei 220/2010. A proposta altera o artigo 66 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), permitindo a contratação temporária de professores graduados ou especialistas em instituições de ensino superior (IES) pública ou privada. (veja redação ao final)

O projeto tinha sido apresentado pela Comissão de Infraestrutura do Senado. Originalmente previa a possibilidade de contratação de graduados com "relevante experiência profissional" em cursos nas áreas tecnológicas e de infraestrutura.

Na avaliação dos senadores, além da carência de mão de obra, os cursos não preparam os estudantes para o "mundo do trabalho" e uma das alternativas seria contratar profissionais do mercado para aproximar a "academia" do "setor produtivo".

Os empresários do ensino privado, que nunca dormem no ponto, viram na proposta uma grande oportunidade para flexibilizar as regras de contratação em todos os cursos da rede privada. Para tanto, tiveram o apoio do senador Álvaro Dias (PSDB/PR), relator da proposta na Comissão de Educação.

Generoso, o parlamentar manteve a possibilidade de contratar graduados, suprimiu a "relevante experiência profissional" e ainda estendeu a flexibilização para todos os cursos ("o foco nessas áreas [tecnológicas] acabaria por se constituir não em abertura, mas em privilégio", cita o parecer).

O pior ainda estava por vir: Álvaro Dias instituiu na LDB o "contrato de trabalho docente temporário", um assunto relacionado ao Direito do Trabalho, fora do âmbito da legislação educacional.

Para os servidores públicos, a contratação temporária está regulamentada em legislação própria. Tem caráter excepcional, quando há urgência na contratação. É - ou deveria ser - uma exceção ao regime de estabilidade.

Na iniciativa privada, o patrão contrata e demite quem e quando quiser. Por isso, um "contrato docente temporário" se prestaria apenas para o mantenedor economizar na multa de 40% e demais indenizações.

Economia na entrada e na saída: a IES paga um salário menor ao professor não titulado e se livra de eventuais custos na demissão.

Titulação

A redação aprovada na Comissão de Educação ao PL 220 permite a contratação temporária de "portadores de diplomas de graduação e de pós-graduação lato sensu, bem como profissionais de notório saber na área de atuação".

A LDB já admite o notório saber, desde que reconhecido por universidade, e os cursos lato sensu: "a preparação para o magistério superior far-se-á em nível de pós-graduação, prioritariamente em mestrado ou doutorado".

Também é importante lembrar na maior integração de programas de pós graduação ao tão decantado "mundo do trabalho". O mestrado profissional é um exemplo disso.

Atualmente, os professores graduados representam 8% do total de funções docentes, igualmente distribuídos em instituições públicas e privadas (Censo do Ensino Superior 2009). São em grande parte memória de um período anterior à LDB e às avaliações externas, que atribuem grande importância à titulação do corpo docente.

No mundo todo, exceto na Comissão de Educação do Senado, a titulação é reconhecida como um fator relevante para a qualidade de ensino.

Nesse sentido, o PL 220 representa um retrocesso em todos os aspectos e merece ser rejeitado nas demais etapas de tramitação.

Redação atual do artigo 66 da LDB

Art. 66. A preparação para o exercício do magistério superior far-se-á em nível de pós-graduação, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado.

§ único. O notório saber, reconhecido por universidade com curso de doutorado em área afim, poderá suprir a exigência de título acadêmico .

 
Redação original do PL 220/2011:

Art. 66 - ..............................
...................................................................

§ 1º ........................................................................................................

§ 2º  - Portadores de diploma de graduação poderão ser admitidos como docentes nas áreas tecnológicas e de infraestrutura, desde que comprovem relevante experiência profissional, na forma do regulamento.?

Redação aprovada na Comissão de Educação do Senado (07/06):

Art. 66 . A formação dos docentes dos cursos de graduação e de pós-graduação de nível superior será feita em programas de mestrado e doutorado, exigida, além do estudo e aprofundamento em área de conhecimento científico e tecnológico, capacitação e prática pedagógica, a critério do respectivo sistema de ensino.

§ único. O exercício da docência na educação superior obedece aos seguintes princípios:

I - nas instituições públicas, o acesso à carreira depende de aprovação em concurso de provas e títulos de doutorado ou mestrado, conforme a complexidade da função, a critério do respectivo sistema de ensino ou, em universidades, do colegiado superior;

II - nas instituições públicas e privadas, admite-se acesso a contrato de trabalho docente temporário, mediante processo seletivo, a portadores de diplomas de graduação e de pós-graduação lato sensu, bem como a profissionais de notório saber na área de atuação;

III - os profissionais de notório saber a que se refere o inciso II, quando reconhecidos e diplomados por universidades que tenham programas de mestrado ou doutorado em sua área de conhecimento e atuação, poderão se candidatar ao ingresso nas carreiras de docência em instituições públicas de educação superior (NR).

Divulgação XLIV

Por Carlos Rangel:


O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Inep/MEC informa que estão abertas as inscrições para interessados em elaborar e revisar itens para a Prova Nacional de Concurso para o Ingresso na Carreira Docente. Os interessados terão até o dia 1º de julho para se cadastrar pela Internet, no endereço http://bni.inep.gov.br/inscricao, para se candidatar a realizar os serviços de elaboração e revisão técnico-pedagógica ou revisão linguística de itens.

Os colaboradores selecionados trabalharão na elaboração e revisão de itens a partir de uma Matriz de Referência, que está atualmente em processo de discussão com as entidades que compõem o Comitê de Governança da prova. Essa ação se insere no processo de implementação da Prova Docente, cuja primeira aplicação está prevista para o segundo semestre de 2012.

Para se candidatar a uma vaga, é necessário ter experiência na docência na educação infantil, no ensino fundamental ou no ensino superior e formação em licenciatura e mestrado ou doutorado em uma das áreas indicadas no Edital (Pedagogia, Psicologia, Letras, Matemática, História, Geografia, Ciências, Artes, Educação Física, entre outras). Pedimos a sua colaboração na divulgação dessa iniciativa a todos os profissionais com esse perfil.

Todas as informações sobre a Prova Nacional de Concurso para o Ingresso na Carreira Docente, bem como sobre a seleção de interessados para atuar como elaborador e revisor técnico-pedagógico ou revisor linguístico de itens, podem ser encontradas no endereço
http://portal.inep.gov.br/prova-docente.


Divulgação XLIII

Por Anne Shérida:



9ª PLENÁRIA DE LUTA CONTRA O NEOLIBERALISMO 

"VERDADES SOBRE A EDUCAÇÃO NO BRASIL"
COM O PROF. NICOLINO TROMPIERI FILHO (DOUTOR EM EDUCAÇÃO BRASILEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ)
http://clcnce.blogspot.com/2011/06/9-plenaria-de-luta-contra-o.html

DATA: 03/07/2011
HORÁRIO: 09:00 
LOCAL: SINTUFCE - RUA WALDERY UCHOA, 50
BENFICA / FORTALEZA-CE


Educação é o assunto da moda: mesmo diante da grave crise econômica que atinge a economia capitalista, é o assunto mais discutido na mídia. Isso não poderia se dar de outra forma, pois a universalização do acesso à educação básica não significou o "paraíso terreno" para milhões de brasileiros desempregados ou subempregados, como prometeramAdicionar imagem governos de direita e esquerda ao longo dos anos. A escolarização não garante, imediatamente, a inserção no mercado de trabalho assalariado, com direitos e, conseqüentemente, melhora das condições de vida para a classe trabalhadora, pois não é na escola que se criam os novos postos de trabalho.
Na conjuntura do neoliberalismo, houve a desintegração da promessa integradora da escola.A população brasileira, em sua grande maioria, é formada por ágrafos e analfabetos funcionais, os quais se constituem em pessoas que passam pela escola e se certificam sem saber ler ou entender textos elementares.Parafraseando Anísio Teixeira, ainda hoje temos que repetir: "Educação não é privilégio".Conforme a concepção de Estado foi mudando no âmbito do liberalismo, foi mudando também sua relação com a educação escolar formalizada, o que é esperado, uma vez que as instituições escolares capitalistas são braços do Estado. Assim, no momento do Welfare State, em que o Estado tinha um caráter fortemente interventor na economia, a escola era considerada como estratégica na formação do chamado capital humano, preparando a mão-de-obra para o ingresso no mercado, o que justificava um mínimo investimento público em políticas públicas para a Educação, a elaboração de um plano nacional de educação e de um sistema educacional de proporções nacionais e tendência mais centralizadora.
Na conjuntura neoliberal, o Estado assume a forma de mínimo no que tange ao investimento no social; a escola permanece formando mão-de-obra para a nova organização do trabalho, mas agora contando com financiamento cada vez mais restrito do Estado e inserção de fontes alternativas privadas de financiamento, que trazem consigo ingerência da esfera privada sobre a educação escolar formal pública.É por isso que, nos discursos governamentais, a educação foi se transformando de solução em problema a ser resolvido. Ela passou a ser apresentada como um peso econômico para o orçamento público, cada vez mais cobiçado e loteado pelo capital privado, nos discursos e práticas dos diferentes governos que passaram pelo poder desde o fim do ciclo militar até nossos dias.É esse um mundo onde, cada vez mais, o capital invade todas as esferas da vida social e econômica, privatizando tudo, saqueando as finanças públicas - como a interminável e impagável dívida pública demonstra - e com parcerias que servem como um sorvedouro de recursos antes destinados às chamadas áreas prioritárias, saúde e educação.
Podemos afirmar que a crise e a agonia da escola pública está sendo gerada a partir do Estado capitalista, que de forma cada vez mais despudorada assume a condição de instrumento da acumulação privada de capital, principalmente o financeiro, ratificando seu caráter privado, transparecendo quão fictícias são suas funções de arbitragem dos interesses públicos, da realização da democracia e da implementação falaciosa de práticas sociais de cidadania.Para justificar o desmonte consciente e deliberado do ensino público, da educação básica a universidade, governos estaduais, municipais e o próprio governo federal orquestram uma campanha a parir dos grandes meios de comunicação contra os professores, alunos e pais de alunos e, principalmente, contra o ensino público.Um exército de "especialistas" - pedagogos, psicopedagogos, jornalistas, economistas, psicólogos e outros produtores de ideologias - resolveu "discutir" a crise da escola pública.
Esse exército mercenário, a soldo de governos e de grandes grupos econômicos interessados na privatização da educação, descobriu a "pedra filosofal": a crise da educação nada tem a ver, segundo eles, com a pequenas dotação de verbas para a educação, com os baixos salários e condições de trabalho dos professores, muito embora a necessidade brasileira seja de investimento de 10% do PIB para a educação, e as agências internacionais indiquem um investimento de 6% do PIB, e o atual governo invista apenas cerca de 4,6%. Produz-se uma distorção da realidade em que os grandes culpados são a má gestão das verbas, os próprios professores que não sabem ensinar e os alunos que não querem aprender.Mediante esse quadro os professores devem se apresentar para o debate, organizados nos movimentos sociais; mas, para além do movimento social em defesa do direito universal à educação pública de qualidade, é necessário um programa que unifique a classe trabalhadora que atua na escola pública, seja como pais, seja como professores e como juventude, em defesa do direito histórico de apropriação da filosofia, do conhecimento, da arte e da cultura universais - pois, para essa classe, a escola pública é a chance única de contato com esses saberes de forma sistemática e diária, durante a infância e a adolescência, em especial.

Extraído de: “A Proletarização do Professor: Neoliberalismo na Educação”
 Autores: Áurea Costa, Edgard Neto e Gilberto Souza