Blog dos alunos da turma III da Especialização em Semiótica Aplicada à Literatura e Áreas Afins da Universidade Estadual do Ceará (UECE)

sábado, 4 de dezembro de 2010

Memória de Aula 08 por Renata Carvalho


A Psicanálise e a Literatura

O conteúdo da última da aula foi instigante e suscitou em mim várias dúvidas. Já tinha tido algumas leituras superficiais sobre Freud, Lacan e Jung. O primeiro com mais intensidade. Mas após esta aula fiquei curiosa para ler mais. A psicanálise gera um fascínio, pois trata do que há de mais oculto que é o interior humano, o lado desconhecido.

A mestra de início nos presenteou com uma pergunta que nos remete ao essencial do homem, sua natureza e seu comportamento perante si e os outros. Como sabemos sua tese de doutorado é sobre Jorge Amado e García Márquez, pois foi sobre sua obra que surgiu a indagação? Por que poloneses se emocionam com os livros de Jorge amado se é um contexto diferente?  Por que uma obra escrita no Brasil é lida também na França e é apreciada? Ou nos Estados Unidos e fazem sucesso no Brasil?

A psicanálise sinaliza uma resposta. Segundo os psicanalistas existem padrões psíquicos herdados comuns a todos os seres humanos  que se repetem independente da época. Freud, o fundador da psicanálise, estudou a mente humana e nos apresentou o consciente, o subconsciente e o inconsciente, sendo este a parte maior do iceberg. O inconsciente seria o nosso lado sombrio, em que ficam aprisionados nossos medos, raivas, frustrações, ou seja, nossos instintos mais cruéis. É esse inconsciente que trata a psicanálise, por isso é ainda atual a frase de Sócrates: "conhece-te a si mesmo”. Todos deveriam mergulhar nesse interior sombrio para alcançar a tão sonhada claridade que é a consciência.

 Jung chamou estas formas herdadas de Arquétipos, embora não seja um termo novo, ele lhe deu um novo sentido. Jung focaliza suas pesquisas mais na religião e nos mitos e estes mitos mesmo que sofram mudanças são transmitidos ao longo do tempo formando o Inconsciente Coletivo. A partir desta visão muitas coisas da psique humana  podem ser explicadas, porém não de forma definitiva. Outro psicanalista citado na aula foi Lacan que atribuiu um alto valor a linguagem como fonte de conhecimento da mente humana e sua ligação com o Estruturalismo.

Muitas análises literárias podem ser feitas pelo viés da psicanálise, seja pelos arquétipos de Jung ou pelo processo criativo de Freud ou pelo estudo da linguagem de Lacan.
Alguns arquétipos que se repetem e é reproduzido na literatura foram falados na aula, como por exemplo, a madrasta má, a criança órfã, a velhinha bondosa entre outros.
Gostaria de entender e contribuir mais sobre o tema, porém o tempo foi escasso para maiores leituras, mas espero ainda aprofundá-las.

Finalizo aqui minha memória de aula disposta a ler mais sobre a psicanálise.

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