Blog dos alunos da turma III da Especialização em Semiótica Aplicada à Literatura e Áreas Afins da Universidade Estadual do Ceará (UECE)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Memória de Aula 02 por Ana Germana Pontes Rodrigues


AULA 2 – 25/09/10
ALUNA: Ana Germana Pontes Rodrigues

            O texto a ser discutido nesta aula é: “Elementos estruturais da narrativa”, de Salvatore D’Onofre. Inicialmente, a professora iniciou uma leitura de um outro texto que falava sobre o que deveria conter num texto literário. Elementos, como conotação, novidade (surpresa, estranhamento), elaboração de linguagem – e não repetição de outras linguagens já existentes, como a linguagem de adolescentes sendo utilizada para falar de diversos assuntos, mas sem um objetivo específico para tal uso (a exemplo da escritora de livros infanto-juvenis Talita Rebouças) – e o fato de não haver total correspondência entre o texto e o extra-texto – pois senão não seria literatura/arte, mas sim, história – foram citados. Além disso, sobre o fazer poético, fora citado também o exemplo do poema “Autopsicografia”, de Fernando Pessoa.

            Outra discussão que achei bastante relevante durante a aula foi a do uso de quadrinhos para ilustrar uma obra clássica. Não opinei publicamente sobre o assunto, no momento da aula, mas acho interessante a utilização de um outro gênero para retratar uma obra clássica. Não só o gênero quadrinhos, como também o cordel, a música e outros para versar sobre um romance, por exemplo, pois, ao utilizar um novo gênero, não estaremos reduzindo a obra ou dispensando a sua leitura no original (completa), mas sim, estaríamos fazendo uma espécie de “referência” e incentivando os leitores a buscarem a obra inspiradora. É claro que é importante também deixar claro que existem diferenças entre as duas obras, principalmente quando fazemos esse trabalho em sala de aula com alunos de Ensinos Fundamental e Médio – opinião expressada pela professora Socorro. Também concordo que o uso de “versões reduzidas” de uma obra clássica, produzidas no mesmo gênero, não sejam uma boa escolha, porque estas, sim, poderiam “ferir” a “mensagem” original e desestimular a leitura completa.

            No final da aula, analisamos, em equipe, os tipos de narrador presentes nas obras que nos foram entregues. Dos que consegui anotar:
·         Narrador onisciente intruso: Cem Anos de Solidão e Do amor e Outros Demônios, de Gabriel García Marquéz, O Quinze, de Rachel de Queiroz, Os Maias, de Eça de Queiroz, O Quarto de Jacob, de Virgínia Woolf, As Intermitências da Morte, de José Saramago.

·         Narrador onisciente seletivo: Jangada de Pedra, de José Saramago.

·         Narrador-protagonista: Memorial de Maria Moura, de Rachel de Queiroz;

·         Narrador-testemunha: A Casa, de Natércia Campos.

Confesso que ainda não decidi meu objeto de estudo, mas sinto que nesta disciplina conseguirei achá-lo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário