Personagens entram e saem de nossas vidas constantemente. Sejam reais ou fictícias, são muitas, diversas, marcantes, heróicas, amáveis, odiáveis, estranhas, amigas, divertidas, e muitos mil adjetivos mais. O que seria de nossas vidas sem elas, as personagens. Outro dia mesmo, encontrei-me com uma que me pedia votos. Outra me causou certo estranhamento por causa do ambiente insólito. Outra me encantou em um ônibus, tinha um lindo sorriso. Muitos dentro de salas quando se é professor. Aí é que são múltiplas e diferentes.
Numa cidade que transborda dinamicidade é muito fácil se deparar com elas. Elas estão ali em toda a parte. As personagens nos livros ou na vida modificam demais nossas emoções, sensações, atitudes... É a mimese, a catarse, a verossimilhança. Literárias ou não (falando em literariedade) são capazes de se parecer e ao mesmo tempo de se distanciar mesmo sendo normal. Purificam, regeneram, limpam mesmo e até esvaziam pensamentos. Pois elas sendo estudadas é objeto da Teoria da Literatura, da Crítica Literária, da Psicologia, da Psicanálise, da Antropologia, da Lingüística, da Retórica, disso e daquilo outro. Pois bem. Aqui quem vos fala é uma personagem? E se o é, é real ou fictícia? Não se assuste, caro leitor, cara leitora, isso são só reflexões de um jovem que busca incessantemente parir algumas personagens em um livro, um dia talvez.
Mas aqui não se pode falar em personagem, visto ser uma simples crônica e sendo como tal não se pode tê-la, a personagem. Então é um autor. Não se engane, é um narrador-personagem. Que confusão, você deverá estar dizendo. Calma! A vida é mais reveladora e enigmática. Viva! E as personagens responderão a ti todas as perguntas sem respostas.
Forte abraço!
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